segunda-feira, 21 de março de 2011


Mergulhado em meus devaneios

SONHOS MEUS

Mergulhado em meus devaneios
Que sonhos meus...
Delirando como um insano
Sedento de amor,

Abrasado aos prantos
Sobre um leito iludido estou
Trilhado e indeciso
Sobre a revela de um amor,
Que por muitos anos se passou.

Às vezes o medo me rodeia
Minha mente se torna confusa
Por esta droga de sonhos
Que me leva ao imo da dúvida

Que correm na minha veia
Com prantos de louvor
Levando ao cérebro
A loucura de um sonhador,

Um sonho que me entrelaça,
Enforca, amordaça,
Que desgraça!
Que seja lançado para fora
Aquilo que me atormenta!
Esta é a hora

Ressaca de aspirações violenta
Pois antes mesmo da aurora
Esvaziar-te-ei da minha entrança
Não serei um canalha agora
Ao ponto de ser traído pela própria lança,
De se desabar como uma muralha.

Um sonho... Ah sonho... Impróprio
Um sonho que me apunhala
Como uma afiada navalha
Que desliza como uma bala
Que no meu peito se entalha
Infestando-me de amor
Assolando o que me agasalha
Impiedoso e devastador.

Mas sigo assim, forte e gladiando
A um futuro que parece distante
A Deusa Spes vou almejando...
Esses sonhos vagantes,
Parecem não ter fim

Oh meu bom Zeus!
Envia-me tua Afrodite
Pra olhar esses sonhos meus
Que tanto me deixa triste

Oh meu saudoso amor!
O qual esses sonhos eu te devo
Trago-te aqui,
Os aceite, por favor!

Não se desfaça
De tantas noites atarracadas
Que por fim, agora te revela
Foram sete anos de caminhadas
Como um peregrino de Compostela

São lágrimas despejadas
Sonhos em vela
Nada foi de graça
Mas, por tua candura tão bela
Agora vem e me abraça,
Minha alma singela

                            Jailson Sanvier