segunda-feira, 4 de abril de 2011

 



DESPEDIDA

Hoje decidi te esquecer
Não apascentarás mais
Os meus pensamentos,
Nem se quer sentar-se-há
ao abismo
Do meu esquecimento,
Hoje vou te esquecer
De tal forma,
Que um milésimo se quer
Possa lembrar-me
Que algum dia estive com você.
Eu quero e vou te esquecer
Para que meu coração
Reine em uma mais nova paixão;
E eu nunca mais possa sofrer,
Nem lembrar-me que um dia amei você.
Hoje quero rasgar meu lençol de ilusão,
Sangrar o veneno preso no meu coração
Só pra nunca mais sonhar com você
Nem minhas noites de sono perder,
Hoje, quero simplesmente te dizer,
Que quero o mais longe de gostar de você, e
O mais perto de te esquecer.
Hoje, com um aperto no meu coração
Eu vim me despedir de você

                                Jailson Sanvier

segunda-feira, 21 de março de 2011


Mergulhado em meus devaneios

SONHOS MEUS

Mergulhado em meus devaneios
Que sonhos meus...
Delirando como um insano
Sedento de amor,

Abrasado aos prantos
Sobre um leito iludido estou
Trilhado e indeciso
Sobre a revela de um amor,
Que por muitos anos se passou.

Às vezes o medo me rodeia
Minha mente se torna confusa
Por esta droga de sonhos
Que me leva ao imo da dúvida

Que correm na minha veia
Com prantos de louvor
Levando ao cérebro
A loucura de um sonhador,

Um sonho que me entrelaça,
Enforca, amordaça,
Que desgraça!
Que seja lançado para fora
Aquilo que me atormenta!
Esta é a hora

Ressaca de aspirações violenta
Pois antes mesmo da aurora
Esvaziar-te-ei da minha entrança
Não serei um canalha agora
Ao ponto de ser traído pela própria lança,
De se desabar como uma muralha.

Um sonho... Ah sonho... Impróprio
Um sonho que me apunhala
Como uma afiada navalha
Que desliza como uma bala
Que no meu peito se entalha
Infestando-me de amor
Assolando o que me agasalha
Impiedoso e devastador.

Mas sigo assim, forte e gladiando
A um futuro que parece distante
A Deusa Spes vou almejando...
Esses sonhos vagantes,
Parecem não ter fim

Oh meu bom Zeus!
Envia-me tua Afrodite
Pra olhar esses sonhos meus
Que tanto me deixa triste

Oh meu saudoso amor!
O qual esses sonhos eu te devo
Trago-te aqui,
Os aceite, por favor!

Não se desfaça
De tantas noites atarracadas
Que por fim, agora te revela
Foram sete anos de caminhadas
Como um peregrino de Compostela

São lágrimas despejadas
Sonhos em vela
Nada foi de graça
Mas, por tua candura tão bela
Agora vem e me abraça,
Minha alma singela

                            Jailson Sanvier

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


CLAMAM

Que eu diga-te antes.
O que deixei
Com teus anjos
Fora amor de verdade.
Mas que eu diga-te também agora.
Hoje, são teus anjos
Que me clamam
Por Deus sem demora

                                                   Jailson Sanvier

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011











SE EU PUDESSE ESTÁ CONTIGO
Ah se eu pudesse com meu anjo agora
Embriagar-me-ia antemanhã adentro
Confessando-lhe, ao final da aurora
As fantasias do vinho que me alenta

Desnudaria ao comando destas fantasias
Que criara eu ao longo desta amarga vida
                               Deixando se ir estes mais tristes dias                                      
Que passo distante em noites tão fria

E vejo o quanto é tão desgastante
Ver nossos corpos em cidades distantes
E sentir o coração tamanho pulsante
Há que eu diga o quanto ofegante
E não te exagero meu pálido semblante

Farei o que for nesta desonesta vida
Só para te ter nem sei mesmo que dia
Pode até ser nas migalhas da vida
Mas, viver contigo quero muito um dia

Ah se eu pudesse está contigo agora...

                                       Jailson Sanvier


AMAI

Ama tu
Ama ele
Amemos enquanto podemos,
Pois do amor se vive a vida
E desta se vive o amor,
Amai
E não descansai,
Pois indolência não se rega amor
E este não se eclode
Se cultivado não for,
Amai enquanto durares
Pois cheios estão os olhos mares
D’queles que não ama
E persistem na dor,
Amai.

                                                         Jailson Sanvier

domingo, 2 de janeiro de 2011


RENASCE

Há tempo que na minha porta não batia;
O inevitável  
Que pra mim não se regeneraria;
Um broto
Que há primaveras não florescia;
Teu canto
Que com teu encanto me surpreendia
Teu gingado
Que ao passar me atrairia

Teus abraços,
Os teus beijos
Os teus carinhos
Sobretudo o teu desejo

A tua curiosidade que então me descobria;
Mas também a tua coragem
Que em meu peito assentaria
A tua essência que só tu exalarias;

 “O sentimento”
O mais forte
Algo que eu mesmo não acreditaria
Mas era verdade
Era o amor que em mim renascia

                                            Jailson Sanvier


AMEI

Amei a tua flor
O teu perfume
Até mesmo o ciúmes
Que também foi cúmplice da minha dor

Amei o amor
A sorte
Que repudiou a morte
Quando na forca, agoniava o amor

Amei todos aqueles dias
A tua alegre beleza,
Até tua melancosa tristeza,
Que entre umas e outras
Sempre me comovia

Amei- te
O teu inesquecível jeito
Se jogando em meu peito
Quando ainda tu eras cru

Amei tudo em ti
Amei... pra nunca mais amar...

                                                                  Jailson Sanvier